quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Segundos


 Em um dia desses em que não se há nada com o que se ocupar, decidi que não iria permanecer na rotina, me levantei decidido a ir a algum lugar, perto, longe, novo ou não, não importava, o importante era romper com o tédio, típico dos sábados dos desocupados, porem não me vi disposto a ir longe de ônibus, então peguei o que passava em frente a minha casa, que tem como destino o terminal, lá decidiria melhor para onde iria, e de fato uma das descrições na placa, de um ônibus que não me lembro o número, me forneceu todas as respostas, naquele momento me vi totalmente resolvido, corri para não perde-lo, e saltei no shopping, não gosto muito da idéia de ir a shopping, mas quando não se há nada a fazer, fazer nada em um lugar diferente parece um tanto atrativo as mentes desocupadas, enquanto caminhava, esperando passar o tempo, eis que aparece o núcleo desse texto, ela aparece, perfeita, linda, se não te agradou o inicio da historia até agora, caro leitor, fique mais um pouco, lhe imploro, essa memória diverte até a mim mesmo, tudo que foi dito antes foram detalhes, supérfluos, a preparação do palco para o grande espetáculo, mas voltemos a vinda dela, perfeita, linda, o me coração acelerou, e como nessas horas, o mundo parece desacelerar a medida que as batidas do coração aumentam, acredito que quando senti o perfume dela, um aroma suave, tão gostoso como rosas, seria capaz de  passar o resto da vida o sentindo, e só isso me bastaria para sobreviver, meus pensamentos entraram em uma velocidade absurda, e se focaram em todos os problemas que poderiam acontecer: " Nossa ela está ali! como que eu falarei com ela, que assunto eu puxo?" todos os meus textos decorados e frases feitas que esperavam somente essa oportunidade sumiram, o nervosismo os expulsou e tomou seus lugares, mas os pensamentos se mantiveram e de maneira desorganizada: " Ela está vindo para cá, falo 'oi, como você vai?', ' gatinha, e ae? tudo em cima?' é isso mesmo, a primeira, mas e se eu estiver com mal hálito? Babinha? Minhas pernas estão tremendo, como posso pará-las? e se eu estiver vermelho? Meu cabelo estiver despenteado por causa da janela do ônibus? E se ela disser não? Mas não a que? e se ela não me reconhecer? se eu estiver fedendo? Suado do ponto onde saltei até aqui?" mas mesmo que fosse lentamente o tempo passou, e ela veio ao meu encontro, olhou para mim, eu olhei para ela, ela sorriu, eu também sorri, ela disse "oi!" e eu disse " Tudo bem?" tudo sem deixar a verdade se revelar, escondendo o nervosismo dentro de mim mesmo onde ninguém mais tinha acesso, mas depois do "oi" ela se foi, da mesma maneira que apareceu, perfeita, linda, cheirosa, e o nervosismo de foi junto com ela, os textos voltaram, e todos os pensamentos foram em vão, muitos dirão que eu fui um tolo, ou coisas parecidas, não que eu discorde ou aceite, para ser franco, não formei uma idéia sobre isso, a única coisa que refleti sobre isso, foi que o lado bom de tudo, é ter uma historia para contar.

Um comentário:

  1. legal o texto... suaa cara...
    vi vc a cada linha xD
    e um pouquinho do bento santiago também...
    (com se não fosse faces da mesma coisa)

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